quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Continuação do poema de Soares de Passos

  "Amor! Engano que na campa finda,
   Que a morte despe da ilusão falaz:
   Quem dentre os vivos se lembrará ainda
   Do pobre morto que na trra jaz?

  "Abandonado neste chão repousa
   Há três dias e não vens aqui...
   Ai! que pesada me tem sisdo a lousa
   Sobre este peito que batu por ti!

  Ai! quão pesada me tem sido!" E, em meio,
  A fronte exausta lhe pendeu na mão,
  E, entre soluços, arrancou do seio
  Fundo suspiro de cruel paixão.

 [...]

 E, ao som dos pios do cantor funéreo,
 E, á luz da lua de sinistro alvor,
 Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
 Foi celebrado d´infeliz amor.

 Quando risonho despontava o dia,
 Já desse drama nada havia, então,
 Mias que uma tumba funeral vazia
 Quebrada a lousa por ignota mão

Nenhum comentário:

Postar um comentário